Ferreira Lima: A Voz
Na década de 70, o então diretor artístico da Difusora Rádio Cajazeiras, José Adegildes Bastos foi a Juazeiro do Norte, e trouxe Ferreira Lima para Cajazeiras. Durante quase 15 anos, foi o principal redator e noticiarista da emissora cajazeirense comandada por Mozart Assis e José Adegildes Bastos, conquistando um grande número de admiradores e o respeito de todos.
Em Cajazeiras, Ferreira Lima também trabalhou nas rádios Alto Piranhas e Oeste da Paraíba, nos jornais O Norte e A União, e ainda, na Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal. Por onde passou, deixou marcas de um profissional competente e de um homem sério, honesto e correto em todas as atitudes.
Ferreira Lima morreu em novembro de 2004, aos 63 anos, na UTI do Hospital Regional de Cajazeiras, vítima de infarto. O corpo de Ferreira Lima foi velado na Central de Velórios Memorial Esperança de Cajazeiras. Em seguida, aconteceu o sepultamento no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, na presença de familiares, amigos e muitos radialistas e jornalistas de Cajazeiras.
Neste dia 17 de novembro
-lembramos dos 13 anos sem “O Mestre” Ferreira Lima
Por
-
16 de
novembro de 2017
Falar de
pessoas marcantes no cenário cajazeirense seria simples, tomando-se por base os
relatos históricos e a trajetória de serviços prestados pelo homenageado.
Contudo,
tecer breves comentários sobre a pessoa de Ferreira Lima não é tarefa das mais
fáceis, considerando a nossa condição de filho e admirador daquele que foi
nesta vida um exemplo de homem, profissional e chefe de família.
Nascido
em 16 de setembro de 1941, na cidade de Juazeiro do Norte-CE, José Ferreira
Lima era o terceiro de uma prole de 04 filhos: Maria de Jesus Ferreira Lima;
Maria Salvelina Ferreira da Silva, Antônio Ferreira Lima e o próprio.
Desde
jovem colaborava com seu pai e irmãos, no sustento da família, trabalhando como
auxiliar de marcenaria.
Devido à
falta de recursos, logo após concluir o 1º grau, por volta dos 15 anos, viu-se
forçado a abandonar os estudos. Naquela época, década de 1950, não existia na
cidade de Juazeiro do Norte ensino público secundário.
Diante
das dificuldades em permanecer no ensino tradicional, o jovem e franzino rapaz
passou a se dedicar a atividades técnicas. Fez um curso de eletrotécnico, onde
aprendeu a realizar consertos em rádios e outros equipamentos elétricos.
Aos 22
anos, com uma voz grave e entonada, passou a prestar serviços como locutor de
carro de som. Em meados dos anos 60, iniciava sua carreira como locutor
radiofônico, no serviço de alto falantes “SACI”, ainda na terra do Padre
Cícero.
A seguir,
na segunda metade da década de 70, recebeu convite do então diretor da Difusora
Rádio Cajazeiras, Mozart Assis, para trabalhar na “Pioneira”.
Naquela
época, recém-casado e com um filho a caminho, decidiu mudar-se sozinho para
Cajazeiras. Logo após sua vinda, e com o nascimento deste que vos narra, trouxe
toda a família para a Terra do Padre Rolim, onde fixou residência até o fim de
sua vida.
Ao longo
de sua trajetória como repórter, redator e locutor noticiarista, Ferreira Lima
conquistou rapidamente o espaço das manhãs, com o programa “Rádio Variedades”
onde apresentava uma revista radiofônica com notícias, curiosidades e
informações variadas.
Como
repórter, entrevistou grandes nomes do cenário brasileiro, a exemplo de Luiz
Gonzaga; Chico Buarque de Holanda e Nelson Gonçalves, quando de passagem por
nossa região.
Suas duas
marcas registradas foram o “Repórter Carvatra” e o “Grande Jornal”, programas
que representavam o máximo em audiência na Difusora Rádio Cajazeiras.
Além de
sua trajetória pela Difusora Rádio Cajazeiras, Ferreira Lima ainda trabalhou
nas rádios Alto Piranhas e Rádio Oeste. Ressalte-se que nesta última, encerrou
sua carreira.
Foi ainda
correspondente dos jornais: A União e Jornal da Paraíba, além de ter prestados
serviços na década de 90, no Governo de José Nello Zerinho Rodrigues, na
Secretaria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Cajazeiras.
Numa
demonstração de reconhecimento, foi muitas vezes chamado de “Mestre” pelos
radialistas iniciantes, ou “Gogó de Ouro” pelos mais experientes que com ele
conviveram, a exemplo de seu amigo e compadre, Barbosa Silva, ainda em
atividade na radiofonia Sousense, e outros como Antônio Malvino; Fernando
Caldeira; Ribamar Rodrigues; Adjamilton Pereira; Josival Pereira; José Anchieta
César de Lima, dentre outros de renome.
Admirado
por seus textos claros e diretos, numa época em que as notícias só chegavam por
meio das grandes rádios e jornais do país, o talento, o profissionalismo e a
voz inigualável de Ferreira Lima, muitas vezes comparada a de Cid Moreira,
deixaram, com sua partida, além da saudade, uma lacuna na radiofonia paraibana
que muito dificilmente será preenchida.
Ferreira
Lima morreu em 17 de novembro de 2004, aos 63 anos, na UTI do Hospital Regional
de Cajazeiras, vítima de infarto. O corpo de Ferreira Lima foi velado na
Central de Velórios Memorial Esperança de Cajazeiras. Em seguida, aconteceu o
sepultamento no Cemitério Nossa Senhora Aparecida, na presença de familiares,
amigos e muitos radialistas e jornalistas de Cajazeiras.
Por Dr.
Ferreira Junior/Advogado
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