NET RÁDIO CULTURA RETOMA SUAS ATIVIDADES COM A PROGRAMAÇÃO DO NATAL 2017

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12.8.11

ORAÇÃO DO PODER


Deus, senhor de toda a força e poder, dá-me! Hoje a segurança do teu amor e certeza de que estás comigo. Peço ajuda e proteção nesta hora tão difícil de minha vida. Preciso de tua assistência, do teu amor e de tua misericórdia. Tiras de mim  o medo; tiras de mim esta dúvida, esclarecendo o meu espírito abatido, com a luz que iluminou o teu divino filho Jesus cristo, aqui na terra. Que eu possa perceber toda tua grandeza e tua presença em mim, soprando o teu espírito dentro de mim, para que eu sinta fortalecida com tua presença em minha vida. Hora por hora, minuto por minuto. Que eu sinta o teu espírito e tua voz dentro ao meu redor, em minhas decisões e no decorrer deste dia, que eu sinta o teu maravilhoso poder oração e, com esse poder, espero pelos milagres que podes realizar em favor dos meus problemas. Não me deixe e nem perca a fé em ti em ti, não me deixe cair; levanta meu espírito, quando me encontrar abatida. Entrego-te neste dia a minha vida e de minha família. Livra-me de minhas moléstia ajuda que seja por milagre.
Obrigado meu mestre, meu Senhor, meu irmão e meu amigo.
Sei que vai me dar a solução de que tanto preciso e desejo Amém.     que eu sinta o teu maravilhoso poder oraçsnçaho jesus cristo, aqui na terra. Que eu possa perce NA CIDADE DE S     


O  SENADOR  VITAL DO REGO
Na passagem do aniversario de  Cajazeiras  PB  Externa  a todos os Cajazeirenses  e  Cajaze
irados    os parabéns pelo  o aniversario  desta maravilhosa cidade acolhedora  hospitaleira  
onde   a  festa  será   feita por  todos  os  seus ilustres  filhos  da terra  e  convidados.
E nossa  participação  através desta  Revista  de Pesquisa  Escolar  mandamos a nossas homenagens  a todos os  Diretores  Professores  de  escolas  faculdades  pelo  o brilhantismo  da   educação  e o ensino  a continuação do Padre Mestre o nosso  saudoso  vigário  Padre Rolim  que  deixou  a marca registrada para sempre  Cajazeiras  a  terra da Cultura  e  que  ensinou  a   Paraíba a ler, justamente  porque  foi  aqui fundado o primeiro colégio do Nordeste do Brasil  em pleno Sertão  da  nossa  Paraiba.
       
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) esteve reunido com Presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Gilson de Carvalho Queiroz Filho. Durante a oportunidade, Vital apresentou a lista de pleitos dos municípios paraibanos com propostas cadastradas no PAC 2. “Há … » Leia mais
    
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) compareceu à audiência com o Ministro José Leônidas, na Secretaria de Portos. Durante a ocasião, o senador apresentou o pleito da comunidade portuária, que pede celeridade na conclusão das obras do Porto de Cabedelo … » Leia mais

Ontem participei de sessão no Senado  em comemoração aos 426 anos da fundação do estado da Paraíba. Quero registrar o meu orgulho, satisfação e alegria de ser paraibano. Mais do que uma homenagem, quero fazer, desta Tribuna, uma declaração de amor … » Leia mais

O Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) participou de almoço oferecido nesta terça-feira (9), pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, no edifício-sede do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Ministro apresentou uma explanação a respeito da necessidade do … » Leia mais

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) garantiu nesta terça-feira (09), que as conversações sobre alternativa de partilha de royalties do pré-sal estão avançadas. Vital que já se manifestou amplamente a favor de uma distribuição mais igualitária dos recursos oriundos do … » Leia mais

O Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o prefeito de Patos, Nabor Wanderley e o Superintendente da Caixa Econômica Federal na Paraíba, Elan Miranda, assinam nesta quinta-feira (18), às 10h, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Patos, o convênio … » Leia mais

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou  ontem a solicitação do Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) que empenhou, em caráter emergencial, 10 mil cestas básicas à Paraíba. As cestas serão distribuídas com as populações atingidas pelas fortes chuvas que assolaram … » Leia mais

Na quarta-feira (10), em reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, os parlamentares votam, em caráter terminativo, o PLS 267/11. O projeto de lei institui cláusula de desempenho para fins de funcionamento parlamentar e de acesso gratuito ao … » Leia mais

09h00: Audiência com a Ministra Gleisi Hoffman 11h00: Visita ao Comando do Exército, General Enzo 12h30: Almoço com o Min. da Previdência Social, Garibaldi Alves 14h50: Audiência com o Presidente da Funasa, Dr. Gilson de Carvalho
10/08/2011 - 01:22
Vital apresenta ao Presidente da Funasa lista dos Municípios do PAC 2

O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) esteve reunido com Presidente da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Gilson de Carvalho Queiroz Filho. Durante a oportunidade, Vital apresentou a lista de pleitos dos municípios paraibanos com propostas cadastradas no PAC 2.
Presidente da Comissão Mista de Planos e Orçamentos, Vital ressaltou o valor do diálogo constante entre a Fundação e a Comissão. “Há a necessidade de expandir a interlocução do órgão com a CMO, tendo em vista a importância dos projetos analisados e mantidos por esta instituição,” estimou o Senador.
Vital firmou, também, o compromisso de levar à Funasa os pleitos dos 223 municípios que representa como senador da Paraíba.
Municípios que solicitaram recursos para elaboração de projetos
Aguiar, Alagoa Grande, Areia de Baraúnas, Areia de Baraúnas, Baia da Tradição, Baia da Tradição, Baraúna, Bom Sucesso, Bonito de Santa Fé, Boqueirão, Borborema, Cajazeirinhas, Condado, Diamante, Ibiara, Imaculada, Jacarau, Juazeirinho, Juru, Malta, Manaira, Matureia, Nazarezinho, Nova Olinda, Nova Olinda, Passagem, Poço de Jose de Moura, Quixaba, Salgadinho, Santa Cruz, Santa Luzia, Santa Teresinha, Santana de Mangueira, Santana do Seridó, Santana dos Garrotes, São José de Princesa, São José do Bonfim, São José do Sabugi, São Mamede, Serra Redonda, Taperoa, Teixeira, Tenório, Vista Serrana e Frei Martinho.
foto: Maura Mosquera
Municípios que solicitaram recursos para Esgotamento Sanitário
Princesa Isabel, Alagoa Nova, Aracagi, Belém do Brejo do Cruz, Boa Ventura, Cacimba de Areia, Cacimba de Dentro, Cacimbas, Curral de Cima, Desterro, Fagundes, Itatuba, Lagoa de Dentro, Lastro, Mamanguape, Mataraca, Monte Horebe, Olho Dagua, Pianco, Pilões, Prata, Puxinanã, Remigio, São Sebastião Umbuzeiro, Salgado de São Félix, São Bento, São José de Caiana, São José do Sabugi, Solânea e Taperoá.
Municípios que solicitaram recursos para Abastecimento de Água
Alagoa Nova, Aracagi, Baraúna, Belém do Brejo do Cruz, Cacimba de Dentro, Curral de Cima, Desterro, Fagundes, Gurjão, Ingá, Itaporanga, Itatuba, Lagoa de Dentro, Lastro, Mamanguape, Mataraca, Olho Dágua, Pianco, Pilões, Puxinanã, São Sebastiao Umbuzeiro, Salgado de São Félix, São José de Caiana, São Miguel de Taipu e Solânea
Municípios que solicitaram recursos para Melhorias Sanitárias
Aguiar, Alagoa Nova, Areia de Baraúnas, Itaporanga, Juru, Lagoa de Dentro, Nazarezinho, Nova Olinda, Olho Dagua, Poço de Jose de Moura.
VERSO  QUE FALA  SOBRE  O INVERNO  OU SECA NOS RINCÕES  DO NORDESTE BRASILEIRO   AQUI  RETRATA A REALIDADE NUA E CRUA  DO NOSSO POVO   SOFRIDO  DO  ALTO SERTAO QUE NASCEM  NA CARIDADE  ESPERANDO ESMOLAS DO GOVERNO E MORREM NA ESPERANÇA QUE ISSO AQUI UM DIA TUDO VAI MELHORAR......      

                                01                                                                02

Peguei no pincel do tempo                                Nuvens escuras cobrem o céu
tinta da imaginação                                            Quando como serra                                          
papel peguei no espaço                                      relâmpagos muito fortes
com deus a concentração                                   como claridão de guerra
para falar do inverno                                          trovões dando estampidos
no nosso largo sertão                                          de estremecer a terra
            É pelo mês de Outubro                                      A terra sente o calor
            o homem poda o algodão                                  a temperatura aumenta
            aquelas matas mais virgens                               as nuvens vão se rasgando
            é feita a devastação                                           o espaço não aguenta
            encoivara e arranca o toco                                 o pêso imenso das águas
            bota fogo e queima o chão                                 lá de cima se arrebenta
Tudo isso são preparo                                        Alaga o nosso planeta
para uma boa agricultura                                   enchem lagos córregos e rios
corta terra prega arame                                      campo o gado se espanta
cerca com pouca espessura                                do mato ouve assovios
transforma o solo saudável                                 dos animais sem abrigos
desta nossa terra dura                                         gemem e sentem frios
            Em janeiro e fevereiro                                        Bem que disse, bem que disse
            ou mesmo o mês de março                                  Anuncia o bem-te-vi
            já sentimos o calor                                               a chegada do inverno
            aquele forte mormaço                                          lá responde a juriti   
            esse sim é o período                                             também canta o sabiá  
            da chuva vir do espaço                                         na estrada no jataí

03                                                                                                                                                  04

Canta também anum branco                               No chiqueiro ronca o porco
em cima da ingazeira                                          bezerro no curral mama
o pássaro preto que pula                                     vaqueiro tirando leite
nos galhos da capoeira                                        se escorregando na lama
e começa a aparecer                                            a esposa treme de frio
o velho fura – barreira                                         e se espreguiça na cama
        Já nos rios correm os peixes                                Em alguns lares o aperreio    
        fazendo as suas desovas                                       com goteira que respinga
        as aranhas muito espertas                                     troca de móveis e de leito                                    
        saem de dentro das covas                                     e menino choruminga
        para não se afogarem e                                         o pobre pai de família
        dando do inverno as provas                                  na sua casa toma pinga
Durante o dia o sol quente                                  Já outros dormem tranquilo
e sempre, sempre o calor                                     nada disso lhe encomodas
a noite muda de clima                                          ouve os pingos no telhado
como ordena o senhor                                          sapos nos lagos fazem rodas
o infinito escurece                                                poetas cantam alegres
por ordem superior                                               nos rádios canções e modas
        O maestro que desperta                                         o pobre agricultor
        é o velho galo de campina                                     tranqüiliza o coração
         com o seu formoso canto                                      dorme pouco, pensa muito
         a garganta não desafina                                        em cuidar da plantação
         desse pássaro colorido                                          cobre seus filhos que dormem
         como objetos em vitrina                                        uns em redes outros no chão


                      05                                                                            06

E  todos ali dormindo                                                Assim amanhece o dia
só o sertanejo escuta                                                  o sol no monte surgindo
o estrondo do trovão                                                  com raios aquecedor                     
que responde lá na gruta                                            todo frio vai cobrindo 
isso é a seca com o inverno                                        duma noite enchuvalhada
que quer fazer pergunta                                             a luta vão prosseguindo
        E passa a noite pensando                                           Nessas alturas  a mulher
        “as coisas vão melhorar                                             já tem feito o seu café
        corre o sentido na roça                                               naquele fogão que solta
        que não deixou de queimar                                        fumaça no chaminé
        pede a Deus que venha o dia                                     e todos comem tranquilos
        para poder ir plantar”                                                 sempre em Deus sua fé
Logo o jumento relincha                                           O homem vai sasisfeito
informando com alegria                                             se atola nos caminhos
é a aurora rompendo                                                  nos poços das água presas
os pássaros dão melodia                                            que juntam nos buraquinhos
nas copas dos arvoredos                                            os garotos correm e atira                                  
sai a noite e chega o dia                                             pedrada nos passarinhos
        Nisto todos se levantam                                              Chega o homem no roçado
        o sol inda prá nascer                                                    com a enxada cava o chão
        bate a enxada lá fora                                                    a esposa e os meninos
        vai a semente escolher                                                 vão semeando com a mão
        o pai pede acabaça                                                       grão de milho em uma cova    
        prá o filho mais novo encher                                        noutra cova vai feijão

                        07                                                                           08
       
         Milho, feijão é plantado                                    E no fim de fevereiro           
         arroz, verdura, algodão                                      o milho vai penduando
         gergelim e a mandioca                                       o feijão subindo a copa
         melancia e o melão                                            com suas ramas soltando
         abóbora e a batata doce                                     prá depois sair a flor
         tudo lá no fértil chão                                          em seguida canivetando
                  A tarde tudo se finda                                        Vem primeiro as melancias
                  outro temporal formando                                  o melão e o gerimum         
                  o mundo ficando escuro                                    nisso vem o mês de março
                  e o homem terminando                                      como ao nordeste é comum
                  todo seu serviço tenso                                        fim de março ou em abril
                  vai o fim do dia chegando                                 que os meses do jejum
         Nisto o inverno pegou                                        Esses meses aos sertanejos
         como diz o ancião                                               que é feito a jejuação
         que fez suas profecias                                         justo na semana santa
         com pedras de sal na mão                                   que eles sentem no coração    
         diz: que o ano é um dos que;                              lembram a morte de Jesus
         vai ter fartura o sertão                                         a sexta feira da paixão                    
                  No ano bom de inverno                                      Passa a semana santa
                  começa logo em janeiro                                      que é só de caristia                            
                  as primeiras chuvas caindo                                 mas o homem com a fartura
                  corre o homem para o terreiro                             faz a páscoa com simpatia
                  faz logo as plantações                                          porque tem tudo de verde
                  de milho e feijão ligeiro                                       para o tempero a pescaria

                          09                                                                         10 
       
            A caatinga do sertão                                         Nesse tempo o agricultor                                       de secas enverdeceram                                      tem com bastante farturas
           muitas águas nos açudes                                    as espigas de milho passam
           nos rios os peixes desceram                               de verdes para maduras
           enquanto outros subiam                                      vão prá cata do feijão
           se falar nos que morreram                                  a de algodão bem seguras
                 Todos aqui com inverno                                        Fim de safra vem colheita
                  tem na mesa o feijão                                             prá ninguém há ambição
                  o milho para cuscuz                                              homens ajudando a outros
                  o arroz que faz baião                                             sem falar a diversão
                  o peixe para tempero                                             quando chega o mês junino
                  a caça e a criação                                                   que traz também devoção
            Nos terreiros tem galinhas                                 Todos nós agricultores
            patos, perus e capotes                                         no rosto a satisfação
            manga prá amadurecer                                        fazemos o agradecimento
            abafadas dentro de potes                                     na hora da refeição                          
            caju, goiabas e bananas                                       ao nosso pai celestial
            água fresca nos serrotes                                      adeus fome no sertão
                    Lá no campo tem a flor                                          O mês seis é o mês de junho
                    linda prá desabrochar                                              grande comemoração
                    toda molhada de orvalho                                         é festa tradicional
                    de um sereno sem luar                                             nossa noite de São João
                    da brisa mansa que cobre                                         tem forró, dança e fogueira
                     esse infinito pomar                                                  bomba, foguete e balão  

                          11                                                                           12

              Moça, rapaz comemoram                                Isso sim que é o lugar     
              todos juntos nos momentos                             para se poder viver
              fazem preces com santo Antonio                    de tudo tem com fartura
              outros cumprem juramentos                            não se ver ninguém sofrer 
              em bacias vêem os rostos                                em tudo que se pensar
               pensando em casamentos                               no sertão tem pra comer
                       Bem em frente de uma casa                         Deus nos dando um bom inverno  
                       que fica na fazenda                                       as lavouras bem segura
                       tem uma grande fogueira                              não há riqueza melhor
                       moças vestidas de renda                               todas mesas com fartura         
                       dançam samba coladinhas                             aqui nós temos bastante
                       nos rapazes, músicas da emenda                   sossego paz e cultura
             Isto ao redor da fogueira
             dando viva a são João
             assam milho, comem pamonhas
             partem bolos soltam balão
             também dançam sorridentes
             uns dos outros apertam a mão
                        No sertão tem vaqueijadas
                         festa de apartação
                        chegam diversos vaqueiros
                         montados em alazão
                         alguns vestidos de couros
                         roupas chamadas gibão

                        13                                                                            14

De um inverno para o outro                                         Esperam prá o dia vinte
começa as experiências                                                começa logo a questão
sai os anúncios nos rádios                                            que é o mês de Janeiro
homens formados em ciências                                      dia de São Sebastião
fazem previsões do espaço                                           é um dos bem aguardado
com grande monovolências                                          que chova em nosso sertão
        Enquanto o homem sabido                                           Diz o velho é um castigo
        estuda a meteorologia                                                   veja se isto não é;
        o charlatão se previne                                                    não teve chuva em Janeiro
        com a sua profecia                                                        Fevereiro não faz fé   
        o ancião lá no campo                                                    agora resta esperar
        tem a sua teimosia                                                        prá o dia de são José                     
No mês de dezembro tem:                                            Chega março aos dezenove
dia treze esperado                                                         a chuva também não veio
que é de santa Luzia                                                     o homem já se aperreia
pois é sempre bem marcado                                         procurando logo um meio
com treze pedras de sal                                                 de vender o pouco que tem
ou então fica adiado                                                     começa o seu devaneio
        No dia treze não chove                                                  É ai onde começa
        o velho fica calado                                                         os seus grandes desenganos
        apela prá vinte e cinco                                                   combina com a mulher
        outro dia aguardado                                                       pensando em mais de mil planos
        se a barra não sair                                                           resolvem irem ao sudeste
        o inverno, é desenganado                                               diz: a mulher junte os panos
                     
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Leitores quando é seco                                                  Tanto o homem como animais                                                
se torna estreito o sertão                                                 ficam dias sem comer
quando se faz estiagem                                                  os animais faltam o pasto
resseca a plantação                                                         e o homem o que fazer
o solo vai se rachando                                                    com seus serviços braçais
de doer no coração                                                         desnutre e quer morrer
       Estes são todos os fatos                                                    O jegue que reclinava
       se é seco no Nordeste                                                        isso ele hoje não faz
       com o sol claro, céu azul                                                   sem força pra abrir a boca
       doença chamada peste                                                      de andar não é capaz
       o vento soprando muito                                                    como ele se expressava
       levando a  areia do agreste                                                nas invernadas atraz                                                 
Tudo isto geralmente                                                     A rebançã juriti
só quem paga é o sertão                                                 também já se ausentou
não havendo chuva há                                                   o bem-ti-vi do anúncio
sofrimento na região                                                      bateu asas e voou
fica escasso ao litoral                                                     o boi de fome tão triste
os que se escolhe em agrião                                           nunca mais se espojou
        Os rios as águas secam                                                  Os peixes que desovaram
        os pastos que é bom não tem                                          em outras águas subiram   
        alimentação dos brutos                                                   galinhas, porcos, perus 
        fica difícil também                                                          essas raças se extinguiram
        toda esperança é perdida                                                 capotes cantam estou fraco
        a fome vem do além                                                        patos sem águas fugiram


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A passarada mudou-se                                                  As águas dos poços secam
porque lhe faltou o grão                                                açudes secam também
de sede não vão morrer                                                 os cacimbões muito raros
procuram outro torrão                                                   pois a bebida não tem
onde existe o alimento                                                  os animais fazem refúgios
muitas sementes no chão                                               só que não é pra Belém
         Todos os animais fogem                                                A safra do algodão
          abadonando o sertão                                                     a peste quem acabou
          os nômades desaparecem                                              devido a falta de chuva     
          do preá ao gavião                                                          o homem puverizou
          o urubu é quem lucra                                                    mas, a terra de tão seca
          carniça não falta não                                                     nem a carcará brotou
A caatinga que era verde                                              Quando o inverno é ruim 
se transformou de repente                                             aparecem o gafanhoto
até os animais répteis                                                    estragando milho e feijão
como a cobra serpente                                                   deixando a planta o canhoto                                      
ficam extintas das matas                                               no algodão dá o bicudo
do sertão tão decadentes                                               acabando com o biloto
           As árvores que são frutíferas                                     Quando o sertanejo é,    
           suas folhas vão caindo                                               obrigado a viajar                                  
           seus caules ficando podres                                         deixar sua terra natal
           as galhas todas partindo                                             seu doce berço o seu lar
           por não terem sais minerais                                        devido a seca terível
           e as clorofilas sumindo                                               que vem tomando o lugar
                        
                        19                                                                            20      
 Vende logo o seu jumento                                            Vão para cidade grande
 galinha , pato e peru                                                       para aumentar seu sofrer
 quando olha para o céu                                                  passam frio , sede e fome
 que avista o urubu                                                          tem que pedir pra comer
 voando sobre a carcaça                                                  emprego custa arranjar 
 do finado cururu                                                            o que lá tem quer vender
         Procura um fazendeiro                                                   Se o destino abraçar
         de uma média condição                                                  e a sorte não se esconder       
         vende logo seu ranchinho                                               arranjando um bom emprego
         seu pedacinho de chão                                                    um patrão lhe proteger
         reúne toda a família                                                         um canto para morar
         pra pegar embarcação                                                      pode até sobreviver              
Em cima do pau de arara                                                Mas se for só ilusão
vai mesa, pote e panela                                                   de todo sonho os enganos
seus filhinhos vão comendo                                            da terra distante 
feijão com pão na tijela                                                   jogados como ciganos
o que lhe resta é pouco                                                    sofrendo pelos relentos
deixar a pobre cadela                                                      não dando certo seus planos
          Segue o caminho na estrada                                           Quanto tempo lá se passam
          do nosso imenso Brasil                                                   todos jogados no chão
          em busca de encontrar                                                    sem saberem os poderosos
          um patrão que seja viril                                                   que aquela família cão
          não só em pessoa humana                                               é quem com força dos braços
          também que seja sutil                                                      mandam as mesas o feijão



                            
                        21                                                                           22

Por baixo de viadutos                                                Um dia regressarei
Pontes, boeiras em favelas                                         prá viver no meu torrão
Se de manhã tem o que                                              se Jesus lembrar de mim
lhe coloquem nas panelas                                           eu peço de coração
a tarde já não tem mais                                               ajude este imigrante
sai a pedir nas vielas                                                   tenha dele compaixão
       Assim sofre o nordestino                                             Sei bem que aquele homem  
       muitos anos sem um lar                                               disposto a trabalhar
       sempre com a esperança                                              passa anos e mais anos
       de um dia r
 saber notícia                                              sofrendo humilhações
       do seu querido lugar                                                     lembrando o antigo lar.
Naquela terra distante                                                 Rogo a Deus criador
tudo é muito diferente                                                 ampare um nordestino   
gente rouba, mata e morre                                           imploro desde menino
só em ver fica doente                                                  mas tudo isso é em vão
exclamando o sertanejo                                               um dia vem a benção
sou mais o meu torrão quente!                                    Nunca Deus esquece alguém
       Como estará o ranc?                                                   aqui do nosso sertão
       ai quem me dera estar lá                                               num ano barriga cheia
       eu sei que um dia eu vou!                                             tendo outro fome, ilusão
                                                                                             arriscando a morrer de sede
hinho                                             Dando seu amor também
                                                                                             sossego, ninguém tem não.

       que em outras mãos ficou                                            os que ele estende a mão                                  
       minha ex-terra e a vaquinha                                         desse jeito vive o homem
       será que já melhorou egressar                                                      isto sem poder voltar 
       e doido prá
                     
                         

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